A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), apresentou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nesta sexta-feira, 05, a proposta de consenso da indústria automobilística para introdução de novas tecnologias de propulsão para automóveis e comerciais leves.
O documento sugere etapas para análise da implantação das novas tecnologias e potencial de comercialização no mercado brasileiro e produção local.
“O primeiro passo foi dado para o aumento da participação dos veículos híbridos e elétricos no mercado brasileiro. O Brasil tem condições favoráveis para desenvolver localmente as tecnologias de propulsão que moverão os carros em um futuro de médio e longo prazo e a hora de investir é agora. Temos que utilizar os benefícios do Inovar-Auto para investimento em pesquisa, inovação e engenharia, para assumirmos papel de liderança global em novas tecnologias”, destaca em nota o presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Junior.
Segundo informe divulgado pela Anfavea, ao todo são seis classificações de tecnologias de propulsão definidas da seguinte forma:
·Mild Híbrido – motor a combustão interna combinado com sistema auxiliar de tração.
·Full Híbrido – motor a combustão interna combinado com outro sistema de tração, que trabalham em conjunto ou separadamente.
·Plug-in Híbrido – motor a combustão interna com outro sistema de tração, que trabalham em conjunto ou separadamente, com tecnologia de recarga externa.
·Elétrico com Autonomia Estendida – opera predominantemente como elétrico, sendo que o motor a combustão interna entra em operação quando a bateria se encontra na condição de carga ou para aumentar a performance.
·Full Elétrico – motor de propulsão elétrica, com energia proveniente de acumuladores elétricos.
·Célula de Combustível – motor de propulsão elétrica, com conversão da energia química do hidrogênio em energia elétrica, proveniente de diferentes fontes.
Entre os benefícios propostos estão: a inserção do Brasil na rota de novas tecnologias, a oferta ao consumidor de veículos com alta eficiência energética e consequente redução de consumo e de emissões de poluentes – que pode chegar a zero –, investimentos para produção de novas tecnologias, qualificação de mão de obra especializada e desenvolvimento de engenharia e fornecedores locais.
“O projeto está totalmente alinhado com o programa Inovar-Auto, que incentiva a produção local e a oferta de veículos cada vez mais tecnológicos, econômicos, seguros e que reduzem as emissões ou até mesmo que não emitam nada”, destaca Luiz Moan Yabiku Junior.
Fases de implantação
O projeto propõe duas fases de implantação. Na primeira fase a importação seria incentivada para trazer novas tecnologias de propulsão ao País e teria a mesma vigência do Inovar-Auto, com início imediato e até 2017. Está contemplado ainda nesta primeira fase cota de importação de veículos por empresa, com aumento progressivo, adicional à importação aprovada pelo Inovar-Auto.
A segunda fase prevê a produção local com desenvolvimento de engenharia e fornecedores e localização progressiva de componentes.
Em adição ao estudo o presidente da Anfavea solicitou ao ministro apoio para as pesquisas da utilização do etanol nos veículos movidos a célula de combustível, propiciando ao Brasil o fortalecimento do programa deste combustível renovável e de estar pronto para acompanhar os avanços da tecnologia automotiva.
*As informações são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e foram publicadas na íntegra.