A NSA Pneutec, tradicional empresa do setor de recapagem no Brasil, está investindo na automatização de processos através da implantação de maquinários de última geração em sua unidade de Santana de Parnaíba.
Essa unidade, juntamente com a unidade de Guarulhos, reúne capacidade para processamento de 10 mil recapagens de pneus por mês, aponta o diretor comercial da NSA Pneutec, Giulio Cesar Claro.
“Estamos automatizando os processos a fim de obtermos maior qualidade ao pneu que recapamos”, diz ele ao destacar a aquisição de três equipamentos italianos e um holandês para a unidade de Santana de Parnaíba – comprados nos últimos meses e já em operação.
“Adquirimos um equipamento que realiza uma análise inicial da carcaça, viabilizando a recapagem através de choque pulsado, um torno de raspa totalmente automatizado, bem como uma extrusora – que permite a operação sem contato manual -, além de uma roletadora”, descreve.
Padronização, qualidade e redução de custos é o tripé possibilitado pelos novos equipamentos, valendo especial atenção para a Extrusora VMI – AZ – CTC-SB VII fabricada na Holanda e que permite um padrão de qualidade aos processos da NSA Pneutec equivalentes aos obtidos por empresas do ramo da Europa e Estados Unidos.
O equipamento é usado para fazer a aplicação automática da borracha de ligação, eliminando o uso da cola no processo. Em apenas dois minutos a extrusora realiza o preenchimento uniforme da borracha no pneu com precisão de acabamento e qualidade, elevando a produtividade, gerando menores custos e tornando o procedimento de recapagem muito mais industrial.
Entre os benefícios obtidos com a utilização da extrusora da VMI, a NSA Pneutec ganha na redução de materiais como plástico e rolo de papelão, na organização e limpeza da planta industrial, mas, principalmente, em quesitos como qualidade, através da eliminação dos esquecimentos de enchimento, retenção de gases por não evaporação completa de solvente e redução da contaminação pela manipulação da borracha de ligação.
“Estamos falando de ganhos em produtividade, pois o equipamento realiza o enchimento automático das escoriações e elimina a cabine de cola, além da questão ergonômica, pois o sistema é automatizado e reduz a interferência do operador no processo de aplicação da ligação”, descreve o diretor comercial da NSA Pneutec.
Na ponta final de todo o processo, Giulio Cesar ressalta os ganhos em relação à sustentabilidade e meio ambiente, uma vez que a extrusora (e o conjunto dos demais equipamentos) auxiliam na redução do impacto ambiental.
“Tudo isso se traduz em uma recapagem de qualidade superior que economiza 57 litros de petróleo que são necessários para a produção de um pneu novo, a um custo 40% menor e uma longevidade que pode superar a quilometragem de um pneu novo”, diz.
Diferenciais
Além dos novos processos de recapagem, a NSA Pneutec ainda conta com diferenciais relevantes. Por estar integrada à rede autorizada Vipal, a empresa conta com a possibilidade de operação de recapagem sobre 14 marcas de pneus diferentes e dentro da Reforma Qualificada e Garantida (RQG), cobre a reforma e a carcaça do pneu até a terceira recapagem.
Vale lembrar que a garantia RQG cobre todo e qualquer defeito oriundo de falhas de produtos ou processos empregados na reforma do pneu.
“Sem dúvida que esses são diferenciais importantes em um mercado bastante concorrido, mas destaco ainda o recente lançamento da Vipal que é o manchão de aramida, comumente usado em coletes à prova de balas e blindagem de automóveis, e que é cinco vezes mais resistente que o aço. Esse material é usado em nossos processos e contribui muito para o balanceamento dos pneus, por ser mais leve, resistente e flexível”, aponta Giulio Cesar.
Segundo o executivo outro produto com forte potencial competitivo é a Banda Eco, que também faz parte do portfólio de produtos oferecidos pela NSA Pneutec. “Essa banda é rica em sílica e proporciona maior economia de combustível”, descreve ele, ao apontar que em testes realizados com frotistas a utilização de Bandas Eco proporcionou economia entre 2% e 10% no consumo de combustível.
“O frotista ainda não entende o peso que um pneu tem dentro de seus custos operacionais, mas ele entende quando esse custo se dá no combustível. A Banda Eco, por ser menos resistente ao rolamento permite uma maior economia de combustível, além de um rendimento quilométrico superior às bandas tradicionais”, diz.
A NSA Pneutec também realiza trabalhos voltados à gestão de frotas e nesse contexto, Giulio Cesar aponta que os principais problemas encontrados são o uso indevido de pneus para determinadas aplicações, desgaste excessivo de pneus e problemas associados à manutenção do veículo e dos pneus.
“Em geral os frotistas acham desnecessário ter um controlador de pneus, ou simplesmente realizar o controle de pneus, mesmo que, em média, a conta pneu se posicione hoje entre o terceiro ou quarto maior custo para uma empresa de transportes”, afirma.