Se em 2013 o Brasil foi um dos grandes portos-seguros para a Michelin, 2014, o grande ano da Copa do Mundo de Futebol e das eleições majoritárias, pode não ser tão bom assim.
“2014 será um desafio”, disse o diretor de marketing e vendas de pneus de ônibus e caminhão da Michelin para América do Sul, Feliciano Almeida. “Há muitas dúvidas ainda em relação aos rumos do Finame, voltados para o financiamento de caminhões e máquinas e implementos, bem como o impacto dos juros maiores, fim da redução do IPI e expectativas de baixo crescimento da economia”, citou o executivo.
“A Michelin continua firme no segmento Premium, mas a tendência é de estabilidade em relação ao volume de vendas de pneus novos e expansão entre 2% e 3% para as vendas junto ao segmento agrícola”, disse.
Na visão do executivo da Michelin, quando os clientes compram muitos caminhões, como foi o caso de 2013, eles já consumiram o pneu como equipamento original. “Dentro dessa lógica, o que vai crescer é o mercado de reforma de pneus, uma vez que esse caminhão comprado em 2013 vai gastar o pneu novo e esse pneu novo será recapado ao longo de 2014. Aqui teremos um bom crescimento de mercado, entre 4% e 5% em 2014”, prevê.
Para o segmento de reposição, Feliciano Almeida estima expansão de mais ou menos 10% para a Michelin no ano que vem.