Entre os principais desafios dos transportadores brasileiros evidenciados pela pesquisa ‘Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário 2012’, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), constam diversos apontamentos, como o impacto da taxa de juros cobrada pelos bancos, a inflação que influencia na composição de preços dos insumos, mas, principalmente o peso do custo do diesel e dos pneus no negócio.
Para 60% dos 289 empresários ouvidos, são esperados aumentos de preços do insumo – diesel, lubrificantes e PNEUS. Nesse quesito, as pequenas e médias transportadoras são as mais vulneráveis à elevação desses aumentos, dado seu menor poder de barganha, aponta o estudo.
Apesar da crise que afeta os mercados globais neste princípio de ano, 84,4% dos transportadores acreditam que a mesma não afetará o Brasil, sendo que 66,8% acreditam que mesmo que haja impacto, ele será moderado.
Outro ponto crítico apontado pela pesquisa é a elevada carga tributária. Mais de 50% dos entrevistados mostram-se preocupados com essa questão, sendo que o tema afeta a vida de 87,2% das empresas sondadas pela CNT.
A afirmação unânime é de que o peso dos impostos tem elevado impacto sobre a atividade de transporte no Brasil.
Com base nas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que apontam expansão de 3,20% para 2012, sendo 3,27% para o setor agropecuário, 3,50% para o setor de serviços e 2,52% para a indústria, 50% dos 289 transportadores esperam por aumentos nas seguintes variáveis:
a) Receita bruta;
b) Número de viagens realizadas;
c) Aumento no volume de carga;
d) Aumento no volume de passageiros transportados;
Para a CNT isso aponta para efeitos dinamizadores que devem redundar em maior geração de empregos e renda, bem como impacto positivo sobre a cadeia produtiva, cujo transporte é apenas um de seus elos.