O setor de reposição de peças encerrou 2014 com giro de R$ 105,84 bilhões, alta de 1,74% sobre o montante de R$ 104,03 bilhões no ano anterior. Os dados são de levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que aponta para um universo de 314.900 empresas atuantes no setor, das quais 59,98% do total de comércios atacadista e varejista de peças, partes e acessórios novos para veículos; 36,5% de oficinas mecânicas e 3,52% de estabelecimentos de atacadistas e varejistas de veículos novos.
De acordo com o presidente do Conselho Superior e coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, as montadoras representam hoje 8,22% do faturamento da reposição, comercializando para as concessionárias de veículos. “Já os distribuidores atacadistas faturam 31,46% deste mercado, ao vender para as empresas varejistas, oficinas e frotistas. O mercado varejista, que faz a venda diretamente para os proprietários dos veículos ou para as companhias seguradoras, fica com a maior fatia, o equivalente a 60,32% do faturamento do mercado da reposição” afirma o tributarista.
Com uma carga tributária média de 39%, muitas empresas do segmento têm recorrido aos incentivos fiscais oferecidos em alguns estados para reduzir o peso dos tributos nas vendas”, observa Amaral, relatando que esta redução tem chegado a 4,0 pontos percentuais.
Segundo Amaral, a margem de rentabilidade no segmento foi de 14% em 2013 e de 9% em 2014.
Os principais produtos detectados pelo estudo (em termos de curva A, B e C) são: lubrificantes, freios, baterias, amortecedores, velas de ignição, pneus, filtros de ar e óleo, correias, lâmpadas de faróis, vidros automotivos, e acessórios, que são fabricados localmente pelas indústrias de autopeças. Cerca de US$ 2 bilhões são importados pelas montadoras, distribuidores atacadistas e empresas varejistas de autopeças.