Volkswagen e Toyota não disputam apenas o desejo de consumo dos compradores de veículos ao redor do mundo, mas também os anseios e os recursos do mercado de capitais em todo o mundo, bem como as apostas dos investidores institucionais e pessoas físicas em bolsas de valores.
No fechamento de 2012 deu Volkswagen na cabeça, com as ações da empresa alemã exibindo valorização de 57%, seguidas pelos ativos da Toyota, em alta de 56,1% e pelos da Renault que pagaram retorno de 50,4%.
Já em 2013, momento em que as empresas se preparam para apresentar os balanços de desempenho financeiro, bem como os investidores preparam a renovação de seus portfólios, essas mesmas ações estão entre as menos valorizadas do segmento automotivo.
As da Renault exibem baixa de 1,30%, ante valorização de apenas 1,10% dos ativos da Volkswagen e 6,40% dos ativos da Toyota.
Isso é normal na medida em que os investidores apuram os lucros sobre o capital aplicado nos ativos, realizam lucros, parametrizam os novos preços justos – em cima dos planos estratégicos e a dinâmica de mercado de cada marca – e remontam suas estratégias de aplicação e rendimento programado.
Um exemplo disso é a Peugeot, lanterninha do ano em bolsa de valores em 2012, com perdas nominais de 48,5% e que hoje lidera como a mais valorizada do setor, em alta de 11,50%. No mínimo, os preços da montadora francesa estão uma pechincha em bolsa de valores e esse preço versus aquilo que ela se compromete a fazer em 2013, vale a pena comprar – embora a volatilidade da Zona do Euro não permita carregar ativos por muito tempo em carteira.
A Fiat, que só ficou na frente das ações da Peugeot em 2012 hoje está na vice-liderança do ranking, em alta de 8,90%.
Os números em bolsa não apenas exibem o desempenho e a performance das empresas e de suas estratégias de mercado, mas também a crença e a aposta do investidor na capacidade de geração de valor dessas empresas e, nesse caso, a Peugeot, que divulgou recentemente um resultado ruim em 2012, se mostra muito bem na fita sob o olhar do investidor que está montando sua carteira de investimentos para o novo ano.
Tanto na performance das ações de empresas produtoras de pneus como as ações de empresas do setor automotivo, uma pergunta que se faz é: cadê a crise na Zona do Euro? Apenas para exemplificar: Continental rendeu 82,1% em 2012, Volkswagen 57%, Michelin 55,9%, Renault 50,4% e BMW 40,9%, desempenhos típicos de mercados voláteis como os da Argentina, México e Brasil.