Uma nova Pirelli. Assim foi a tônica da apresentação de resultados do primeiro trimestre da gigante italiana de pneus, que teve como principal enfoque os novos números da reformulação – aquisição da Aelous – e não os números antigos, que sinalizam desempenhos negativos para a companhia como um todo.
Exemplo: as receitas fecharam o trimestre em 1.339,3 bilhão de euros, um resultado que frente à reformulação acena com alta de 13,47% sobre as receitas de 1.180,9 bilhão de euros em igual período do ano passado, mas que na velha ‘Pirelli’ representa baixa significativa, frente aos 1.436,0 bilhão de euros da contabilidade antiga.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), subiu 3,4%, para 270,3 milhões de euros frente à nova Pirelli (261,5 milhões de euros), mas bem abaixo dos 290 milhões de euros da Pirelli antiga.
O principal discurso da nova administração foi o de mostrar uma empresa em pleno processo de transformação – um player puro de pneus – com a implantação de novos programas geradores de valor visando fortalecer o posicionamento de prestígio e Premium da marca, bem como captar os valores e as tendências da mobilidade.
A nova administração da Pirelli denomina como novos programas de geração de valor a conversão da capacidade de produção da Aeolus dentro da organização Pirelli como forma de acelerar o desenvolvimento do negócio.
Outro ponto de atém ao reforço do prestígio e da comercialização de produtos Premium e a redução acelerada da exposição da marca em segmentos de baixa rentabilidade.
Especificamente para a América do Sul, região em que a Pirelli tem sua maior força fabril – com três fábricas no Brasil e uma na Argentina, a ordem é uma saída acelerada do atual ciclo de baixa, com a busca de mercados rentáveis e a conversão de produtos comuns em produtos Premium, bem como o aumento de exportações para a América do Norte, região que recebeu há alguns anos um dos maiores aportes de investimentos da companhia, redundando na unidade de Silão (México), produtora de pneus de veículos de passeio para o mercado dos Estados Unidos.
Entre janeiro, fevereiro e março, o mercado europeu foi um dos que melhor resposta deu à Pirelli, com retornos positivos em todas as linhas de produtos da empresa, com especial destaque aos produtos Premium, idem ao mercado do Nafta, com especial atenção aos pneus UHP, de alta performance.
Ao final do primeiro trimestre de 2017, a Europa representava 39% dos negócios da Pirelli, a América do Sul 25%, Ásia e Pacífico 16%, Rússia 11%, Nafta 7% e África e Oriente Médio 2%.
Para mais informações, acesse: 1Q 2017 Financial Results