Com base nos resultados apurados no primeiro semestre do ano, o Conselho de Administração da Pirelli definiu novas metas estratégicas para a empresa até o final do ano.
Dentre os principais pontos está o volume de investimentos concentrado no aumento da capacidade de produção de pneus para o segmento Premium e na busca de pesquisas e desenvolvimento de novos compostos para a construção de seus pneus.
A empresa fundamenta sua estratégia em três aspectos: um crescimento previsto das receitas ligadas ao mix de produtos e preços entre 11% e 12% até o final do ano, um programa de eficiência em que recebeu uma injeção de mais 30 milhões de euros em relação à meta traçada no início do ano e conta com um orçamento de 150 milhões de euros.
A expectativa é que a busca por produtividade, qualidade e produtos de alta tecnologia reduzam os custos com matérias-primas. No primeiro trimestre esses custos representaram 85 milhões de euros, mas caíram para apenas 5 milhões de euros no segundo trimestre, e estão estimados entre 60 milhões e 90 milhões de euros para este segundo semestre.
Segundo o informe de desempenho da empresa, os investimentos devem ficar ligeiramente abaixo dos 500 milhões de euros neste ano.
O foco da Pirelli é o segmento de pneus Premium, setor que já lhe rendeu receitas 26% maiores neste primeiro semestre, da ordem de 1.086,9 bilhão de euros. A empresa projeta um crescimento de mais 20% na comercialização desse tipo de produto até o final do ano e caso isso aconteça, vai mais do compensar o recuo esperado nos segmentos de pneus mis afetados pela crise econômica em seus principais mercados de atuação.
Os volumes de vendas para o segmento de reposição foi revisto para baixo, com quedas entre o intervalo de -2,5% a -3,5%, ante as metas anteriores de -0,5% a -1,5%.
No segmento industrial, mais exposto à crise global, a Pirelli deposita esperanças positivas na resolução da crise no Egito, onde tem uma fábrica praticamente com atividades paralisadas devido à crise política e econômica que toma conta daquele país.
Outra expectativa se dá sobre a nova fábrica que a Pirelli está construindo na Argentina, que aguarda por liberações de certificados de importação de parte do governo local. Por esse motivo, a meta de volumes foi revisada para -5% a -6% ante -2% a -4% da posição anterior.
Para a Europa, duas são as grandes apostas: vendas estimadas em aproximadamente 250 milhões de euros junto à joint venture que a empresa mantém na Rússia e a incorporação de vendas de 50 milhões de euros da sua nova rede de revendedores Däckia.
Feitas todas as contas, a expectativa da companhia é a de encerrar 2012 com vendas totais da ordem de 6,4 bilhões de euros, ligeiramente inferior à meta anterior que era de 6,450 bilhões de euros.