Balanço de maio divulgado pela Associação dos Países Produtores de Borracha Natural (ANRPC) – entidade que congrega as nações responsáveis por 57% do consumo mundial do insumo e mais de 90% da produção global – aponta forte preocupação com a crise que assola a Zona do Euro. O tripé formado por uma Europa em crise, a economia dos Estados Unidos andando de lado e China exibindo dados cadentes em sua dinâmica de crescimento, representa um forte impacto sobre o mercado da borracha natural, aponta a entidade.
O verbo, no caso, se chama demanda: como ela está em baixa isso torna o mercado global do insumo frágil ou mais fragilizado.
Mesmo assim, a ANRPC revisou para cima sua estimativa de produção para 2012 – influenciada pela maior produção das seringueiras da Tailândia, o maior produtor mundial do insumo.
O país asiático fechou o primeiro trimestre de 2012 com uma produção 21,2% superior ao mesmo período do ano passado, de 896 mil toneladas de borracha natural, ante 739 mil toneladas nos três primeiros meses de 2011.
Segundo a entidade, os países que integram a ANRPC devem produzir 10.475 milhões de toneladas de borracha natural neste ano, 1,73% a mais que a projeção anterior, de 10.297 milhões de toneladas.
O consumo interno, relativo aos países membros, foi reavaliado para 6.477 milhões de toneladas neste ano, alta de 3,37% ante a estimativa anterior, de 6.266 milhões de toneladas.
Conforme destacado no encerramento de maio, a ANRPC destaca a erosão dos preços da borracha natural negociados na Bolsa de Commodities de Tóquio, a Tocom.
O Índice Nikkei-Tocom Commodity caiu 16,2% em maio, no pior desempenho desde setembro de 2011, quando perdeu 17,2%. Todas as commodities fecharam o período em fortes baixas.
