“Qual é o valor real do pneu na sua frota?” O questionamento está reproduzido na publicação MAXX Rodar da DPaschoal e busca trazer a tona uma questão que a primeira vista parece simples, mas que na prática, senão é complicada, foge ao conhecimento de frotistas e transportadores – que tendem a relevar a importância do pneu como ativo dentro do contexto de negócios, ou da planilha de custos.
Em abril do ano passado a pesquisa ‘Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário 2012’, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) com 289 empresários do transporte brasileiro apontava para três variáveis de grande influência nos custos das empresas de transportes.
Cerca de 60% das respostas apontavam para o custo do diesel, lubrificantes e pneus. Em sondagem da Transportepress.com junto ao Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), no início de 2013, o ‘Custo Pneu’ posicionava-se em sétimo lugar no ranking de custos das empresas transportadoras do Estado de São Paulo.
Antes dos pneus, os custos mais pesados se davam com diesel, salários, impostos, pedágios e alimentação dos trabalhadores. Em geral, o ‘Custo Pneu’ sempre figurou entre o segundo e terceiro lugares, mas segundo o Setcesp, o baixo desempenho da economia brasileira associado ao baixo volume de transportes e excesso de oferta de pneus de carga levou a uma pressão de preços do insumo para baixo.
Na conta do Setcesp, em 1º de março o preço dos pneus apresentava recuo de 1,32% na série dos últimos 12 meses, em que pese uma alta do preço dos pneus de 44,54% nos últimos 10 anos.
Segundo o departamento de economia da entidade, em médias distâncias (de até 800 km), o custo do pneu entre os associados do Setcesp é de 5% dentro da planilha de custo, mas quanto mais a distância sobe esse custo cresce. Para distâncias de até 800 km, para BITRENS o custo dos pneus é de 13%.
Feitas essas observações, a publicação MAXX Rodar da DPaschoal dá um exemplo muito importante do patrimônio que representa o pneu para a frota. “Imagine uma frota com 314 veículos e 2.943 pneus”, destaca o informe.
Do total de pneus usados no exemplo (2.943 pneus), 1.725 são novos (ao preço médio de R$ 1.300,00) e 1.218 são pneus recapados (ao preço médio de R$ 380,00).
Nas contas da publicação o custo desse patrimônio em pneus soma investimento de R$ 2.242.500,00 em pneus novos e R$ 462.840,00 em pneus recapados, totalizando R$ 2.705.340,00.
“Com R$ 2.705.340,00 você pode comprar aproximadamente oito caminhões ao custo de R$ 350.000,00 cada”, finaliza a MAXX Rodar da DPaschoal.
A expressividade dos números diz por si. Cuidar do pneu, administrar esse patrimônio e realizar uma boa gestão desse ativo pode, na maior parte das vezes, ser a grande diferença entre um frete com preço mais competitivo, ou simplesmente, mais dinheiro no bolso.
Abaixo, confira os cálculos realizados pela MAXX Rodar da DPaschoal.
Patrimônio de pneus – em números |
||
|
Pneus Novos |
Pneus Recapados |
Quantidade |
1.725 |
1.218 |
% |
59 |
41 |
Preço médio em R$ |
1.300,00 |
380,00 |
Total de pneus em R$ |
2.242.500,00 |
462.840,00* |
Fonte: MAXX Rodar DPaschoal *valor apenas do serviço |
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