Em relatório distribuído ao mercado nesta manhã de quarta-feira, 01 de fevereiro de 2012, a Scania relata o processo de desaceleração dos mercados globais a partir do segundo semestre do ano passado, exigindo um ajuste da produção, tanto nos mercados da Europa como nos da América Latina.
Ao final do terceiro trimestre de 2011, a empresa havia reduzido sua produção em 15%, diante de uma demanda cadente, tendo reduzido mais 15%, partir de janeiro deste ano (2012). Como parte desse ajuste, um total de 1.900 colaboradores temporários não terá seus contratos de trabalho prorrogados.
A empresa também está adiando alguns investimentos e estará mais restritiva em relação a seus gastos, embora mantenha de pé a transição para a nova gama de motores que está sendo processada no Brasil, através da adoção dos parâmetros do Proconve 7, equivalente ao Euro 5, neste primeiro trimestre.
Na Europa, a Scania já lançou caminhões com motores que atendem ao Euro 6, cujas normas de emissão entram em vigor apenas em 31 de dezembro de 2013.
A empresa ressalta que parte do desempenho recorde nas vendas foi obtido graças aos avanços das vendas realizadas nos mercados da Europa, Rússia e Oriente Médio, mas, fundamentalmente, até o primeiro semestre de 2011, uma vez que, a partir do segundo semestre a curva de demanda caiu fortemente.
No caso do Brasil, um de seus principais mercados no mundo, o problema da demanda se deveu à entrada dos novos motores alinhados ao Euro 5, que são tecnologicamente mais avançados, porém os preços são mais elevados o que afetou e ainda deve afetar os pedidos de encomendas em curto prazo.
Argentina, Peru acabaram compensando a perda de dinamismo das vendas em baixa no Brasil, destaca o informe anual da Scania.