Balanço semestral realizado pela KPMG mostra que os processos de fusão e de aquisição entre empresas nacionais e estrangeiras estão bastante agitados no Brasil, com 10 operações de peso.
Só no segundo trimestre foram sete operações, o que representou um salto de 130% ante a mesma base de comparação do ano passado.
Das 10 operações do gênero, sete envolveram empresas estrangeiras, adquirindo de brasileiros, o capital de empresas estabelecidas no país e três de empresas brasileiras adquirindo o capital de empresas estrangeiras estabelecidas lá fora.
“Os números mostram o interesse dos investidores de outros países pelas empresas brasileiras, já que a maior quantidade de transações foi feita por estrangeiros fechando negócios com as companhias brasileiras”, destaca em nota o sócio da KPMG, empresa líder da área de fusões e aquisições em mineração, Paulo Guilherme Coimbra.
Na visão do executivo, tais números reforçam a importância da indústria de mineração para a economia nacional e para o cenário mundial.
“O minério de ferro representa grande parte disso e é o principal produto a receber os investimentos previstos para mineração, em função principalmente do apetite chinês”, ressalta.
Segundo Paulo Guilherme, o aumento das operações no segundo trimestre é um sinal de que o setor está propenso a se recuperar e alcançar os números do ano passado que, no mesmo período, já tinha registrado dez negócios.
“Este é o segmento privado em que mais se investe no Brasil, e a demanda vem sendo puxada por alguns fatores: aumento da população mundial; crescimento da economia dos países que fazem parte do bloco dos BRICS; o apetite chinês pelo minério de ferro brasileiro; e a demanda em alta por investimentos em infraestrutura e grandes projetos ligados, principalmente, à realização no Brasil da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas.”