A Bahia encerra 2013 com avanços positivos na indústria local, com especial atenção ao setor automotivo. São R$ 400 milhões em investimentos na segunda fábrica da Ford – na primeira planta industrial para a produção de motores do Nordeste, com capacidade para 210 mil unidades por ano -, além da ampliação das linhas de produção dos novos EcoSport e Ka Concept.
A unidade local da Ford passa a ter capacidade para 300 mil veículos por ano, ante os atuais 250 mil.
A JAC Motors, que constrói sua primeira fábrica no Brasil, com aportes de R$ 900 milhões, tem previsão de lançamento do primeiro modelo já em 2014, seguida pela Foton Motors, a maior empresa produtora de caminhões da China, que anunciou investimentos de R$ 600 milhões em sua primeira fábrica no Brasil.
No segmento de pneus, destaque para a Bridgestone, que vai ampliar a produção de pneus radiais para carros de passeio e para caminhões leves (LTR) até 2015, em um negócio que envolve R$ 146 milhões em investimentos.
No quesito logística, as obras do condomínio logístico Cone Aratu, em Simões Filho, com 3,5 milhões de metros quadrados e capacidade para abrigar até 50 grandes empreendimentos industriais ou de logística, já começaram. O projeto envolve a soma de R$ 1,3 bilhão em aportes, dos quais R$ 540 milhões já foram aplicados nesta primeira fase do projeto .
Pertencente ao grupo pernambucano Moura Dubeux, o Cone Aratu já conta com a adesão da transportadora Rapidão Cometa, que foi adquirida pela Fedex, para implantar um centro de distribuição com 20 mil metros quadrados.
Em Vitória da Conquista, outros R$ 106 milhões estão sendo aplicados no Parque Logístico do Sudoeste: condomínio multiuso que atenderá às empresas atacadistas, distribuidoras e transportadoras de cargas, em uma área total de 400 mil metros quadrados. O empreendimento, de responsabilidade das empresas Prates Bonfim, Gráfico e Kubo, vai transferir o tráfego de cargas pesadas do centro urbano para fora do anel viário e a 2,6 quilômetros do novo aeroporto de Vitória da Conquista.
Alavancagem futura
Os setores de transporte, automotivo e de pneus devem ficar de olhos abertos aos projetos da área de mineração. O Projeto Pedra de Ferro, da Bahia Mineração, conta com investimentos de R$ 3,5 bilhões e previsão de exportar 20 milhões de toneladas/ano de minério de ferro.
A Bahia também está ganhando duas novas fábricas de cimento. Em Lajedinho, a CPX está investindo R$ 450 milhões, enquanto a Cimentos da Bahia está se instalando em Paripiranga, com investimentos de R$ 850 milhões.
Nos segmentos químico e petroquímico continuam em ritmo forte as obras da Basf para implantação no Polo Industrial de Camaçari do primeiro complexo acrílico da América do Sul. Os investimentos de R$ 1,2 bilhão consolidarão uma nova planta industrial para a produção anual de 160 mil toneladas de ácido acrílico, e em outra planta para a produção de acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP).
Com investimentos estimados em R$ 450 milhões, a Braskem e a alemã Styrolution – joint venture entre as ‘gigantes’ Basf e Ineos, que é a maior fornecedora global de estireno – anunciaram a intenção de construir na Bahia a única fábrica da América do Sul de ABS (copolímero de acrilonitrila butadieno estireno), usado nas indústrias automobilística e de eletroeletrônicos para abastecer o mercado interno.
Segundo o governo da Bahia, o estado tem mais de R$ 70,5bilhões em investimentos empresariais anunciados até 2016.