Neste momento em que a Europa atravessa uma de suas mais graves crises econômicas, com dívidas soberanas de países importantes como Espanha, Itália e Grécia, por exemplo, sendo rebaixadas, a Michelin ganhou um belo presente da agência de classificação de riscos Standard and Poor’s, ontem.
Os ratings de crédito corporativo de longo prazo da Compagnie Generale des Etablissements Michelin SCA (Michelin) e de sua subsidiária integral, a Compagnie Financière Michelin SCA, foram elevados de BBB para BBB+.
Além disso, os créditos de curto prazo foram reafirmados em A-2, com perspectiva estável para as duas empresas – matriz e filial.
Entendendo a sopa de letrinhas
Se você não entendeu nada sobre os termos redigidos acima, fique calmo. Tratam-se de padrões usados pela Standard and Poor’s e se direcionam, prioritariamente, ao mercado investidor.
Vamos lá:
A nota BBB+ representa que dentro dos critérios da Standard and Poor’s, a Michelin reúne capacidade adequada para cumprir com os seus compromissos financeiros, mesmo em condições ‘anormais’ de temperatura e pressão relativas às condições econômicas adversas e alterações de tendências, seja em seu mercado local, seja nas operações que realiza ao redor do mundo.
A nota anterior era BBB e agora subiu para BBB+. Ponto positivo para os franceses.
No caso da nota A-2, o que a Standard and Poor’s sinalizou é que a Michelin tem forte capacidade para cumprir os seus compromissos financeiros, mas é um pouco suscetível aos efeitos adversos de mudanças nas circunstâncias e condições econômicas de seus devedores – locais e globais.
Pronto. Economês explicado, o fato é que a Michelin ganhou um grande presente e tem um diferencial de mercado muito importante, do ponto de vista da Standard and Poor’s.