A notícia não é nova, tal revisão realizada pela Standard and Poor’s foi tomada no dia 16 de maio deste ano, praticamente oito dias depois que a Continental reportou ao mercado seus resultados do primeiro trimestre fiscal de 2012, mas é importante para referendar o acompanhamento realizado sobre as principais empresas produtoras de pneus do mundo. Se você já leu sobre o tema, ótimo, fica apenas como registro, se não leu, vale agregar mais conhecimento.
No dia 08 de maio, a Continental AG informou ao mercado vendas de 8,3 bilhões de euros, 13,3% acima do mesmo período do ano anterior, com o lucro antes de juros e Imposto de Renda (EBIT na sigla inglesa, Earnings Before Interest and Taxes) em expansão de 21%, para 766 milhões de euros.
Segundo o CEO da Continental AG, Dr. Elmar Degenhart, este foi o melhor resultado corporativo da empresa em toda a sua história. O CEO reportou também que a empresa estava empreendendo uma gestão muito firme em relação ao seu endividamento.
Devido a efeitos sazonais esse número veio 69 milhões de euros acima do apresentado em 31 de dezembro do ano passado, embora tenha registrado ganhos na conta de juros, de 145 milhões de euros numa base anual para 38 milhões de euros.
Por força dessa gestão mais firme, o endividamento líquido do Grupo caiu para 764 milhões de euros comparativamente ao primeiro trimestre do ano passado.
Esse foi um dos principais pontos que levou os analistas da Standard and Poor’s a reavaliar o rating da gigante alemã de pneus, uma vez que a empresa classificadora de riscos viu melhoras no conceito de crédito e de liquidez da Conti.
“A elevação dos ratings reflete nossa opinião de que é provável que a Continental continue melhorando seu perfil de risco financeiro ao longo de 2012, fato que pode resultar na geração de fluxo de caixa operacional livre sólido, mas apenas um modesto pagamento de dividendos”, destaca o informe da Standard and Poor’s.
A instituição avalia o risco de negócio para a Continental AG como satisfatório, com posições de mercado sustentáveis, destaca a diversidade e a capacidade tecnológica implícita à corporação e sua capacidade de gerar rentabilidade acima da média do setor de pneus.
“A perspectiva positiva (rating) reflete nossa opinião de que a Continental pode melhorar seu perfil de risco financeiro através da redução da dívida se o seu fluxo de caixa discricionário* continuar sendo positivo”, destaca a agência.
Desmistificando o economês:
*Fluxo de caixa discricionário é qualquer dinheiro que sobra depois que todos os projetos de capital possíveis com valores presentes líquidos positivos foram financiados e todos os pagamentos obrigatórios tenham sido pagos. O capital pode ser usado para pagar outras responsabilidades, tais como dividendos aos acionistas, recompra de ações ordinárias e pagamento de qualquer dívida pendente.