A Rússia é hoje um dos mercados automotivos e de pneus que polarizam as maiores atenções vindo o Brasil e a América Latina como uma segunda via interessante, porém, com as velhas ressalvas dos pesados impostos, dos juros escorchantes, da taxa de câmbio cambaleante e de pibinho em pibinho, sem o crescimento à lá Brastemp da China.
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Até a primeira quinzena de março colhemos 14 resultados de balanço divulgados pelas empresas do setor e o retrato esperado de caos absoluto não se confirmou. Pelo contrário, nove fecharam o exercício fiscal de 2012 com recorde de vendas e de lucros e apenas três empresas apresentaram recuo em suas vendas.
Desde 2005, ano de entrada da Lanxess no Brasil, até 2011, o faturamento da empresa alemã deu salto de 463,4%,…
O segmento de pneus especiais (OTR), entre eles mineração, agrícola, duas rodas e aviação, trouxe receitas de vendas da ordem de € 3.640 bilhões (US$ 4,897 bilhões) ao caixa da companhia, 13% acima do auferido no ano fiscal de 2011.
Aqui o Brasil ganha uma citação à parte no relatório da empresa francesa. A Michelin destaca que o mercado de reposição de pneus para caminhão cresceu 3% em 2012 na América Latina, e destaca que os sinais de recuperação no Brasil, o maior mercado local.
No segmento de equipamentos originais para veículos de passeio e picapes, as políticas de incentivo à renovação de frota nos Estados Unidos, de recuperação da economia japonesa pós-tsunami e das ações econômicas no Brasil acabaram por se refletir em bons resultados para a Michelin.
todos os segmentos de pneus foram negativamente afetados pela crise no continente, sendo o mais prejudicado o segmento de reposição de pneus de caminhão, que apresentou recuo de 19% nas vendas em 2012, seguido pelo segmento de pneus de passeio, que apresentou baixa de 13%.
Os números em bolsa não apenas exibem o desempenho e a performance das empresas e de suas estratégias de mercado, mas também a crença e a aposta do investidor na capacidade de geração de valor dessas empresas e, nesse caso, a Peugeot, que divulgou recentemente um resultado ruim em 2012, se mostra muito bem na fita sob o olhar do investidor que está montando sua carteira de investimentos para o novo ano.
Neste momento quem está levando a dianteira nas apostas do segmento de pneus são os ativos das empresas asiáticas como a Sumitomo, a mais valorizada em 2013, em alta de 11,30%, seguida pelas ações da Toyo (+9,00%) e pelas ações da Bridgestone (+7,80%).
Empresa pretende transformar 58% dos pneus inservíveis em energia e os demais 42% em novas matérias-primas, como asfalto de borracha.