Até o final de 2014 a unidade produtora de borracha de estireno butadieno em solução (S-SBR) voltada para a construção de pneus verdes da Lanxess, no Polo Petroquímico de Triunfo, terá capacidade para produzir 110 mil toneladas métricas no insumo – 12,22% da capacidade global da companhia de 900 mil toneladas métricas de S-SBR.
A informação foi prestada pelo líder global da Unidade de Performance Butadiene Rubbers, Joaquim Grub, executivo espanhol que iniciou as atividades na Lanxess em 2002.
A decisão de dotar a planta de Triunfo em fornecedora global de borracha sintética S-SBR segue à risca a máxima da companhia alemã, de crescer com os seus clientes.
Segundo Grub, a S-SBR se insere no contexto das joias da coroa do portfólio da Lanxess e, segundo as estimativas alinhavadas nesta segunda-feira, 04, a demanda global por borracha sintética de polibutadieno PBR e borracha de estireno-butadieno (S-SBR e E-SBR) deve crescer 10% ao ano, entre 2012 e 2017, com 72% do consumo estimado para os segmentos de pneus e recapagem.
A partir de agora, dentro da estrutura de negócios da Lanxess no Brasil, são duas unidades produtoras de borracha de estireno butadieno em solução (S-SBR). Uma em Cabo de Santo Agostinho (PE) e outra em Triunfo (RS). A unidade de Duque de Caxias (RJ) concentrará a produção de borracha de estireno butadieno em emulsão (E-SBR).
Vale lembrar que em Santo Agostinho também são produzidas borrachas sintéticas de polibutadieno Nd-PBR e Li-PBR.
Por que o Brasil?
Joaquim Grub destacou que a relevância da ação da Lanxess leva em conta fatores relevantes do contexto micro e macroeconômico brasileiro, entre eles o fato de o Brasil ser o 4º maior mercado automotivo do mundo e o sexto maior produtor de veículos global, ter um dos maiores e mais diversos parques automotivos do mundo – 26 montadores, 500 fabricantes de autopeças, 53 plantas industriais e 4.554 revendedores.
Os investimentos programados pelo setor automotivo também chamam a atenção: US$ 50,5 bilhões entre 1994 e 2011, sendo estimados outros US$ 60 bilhões entre 2013 e 2017.
O impacto direto sobre a indústria de pneus é bem claro. Grub apresenta a estimativa de produção de 66,9 milhões de pneus em 2011 e um mercado que está sendo impulsionado pelo crescimento da produção de pneus.
Outros fatores mencionados pelo executivo dizem respeito ao processo de rotulagem que será realidade por aqui em 2016, mas mais que isso, as premissas que regem o Inovar-Auto – o novo regime do setor automotivo – que premia as mesmas máximas existentes em mercados maduros: carros mais eficientes, seguros, econômicos, com baixa emissão de CO2.
“A rotulagem e as métricas do Inovar-Auto devem estimular as vendas de borrachas de alta performance da Lanxess para pneus verdes”, disse.
Na verdade a Lanxess não olha apenas o Brasil, mas toda a América Latina. “Os investimentos estratégicos no Brasil, a modernização e ampliação de nossas plantas e a tecnologia de ponta em produtos e processos, expressos em ampla gama de borrachas, permite suprir toda a demanda da América Latina”, disse.