Silencioso, espaçoso e confortável. Esses são apenas alguns dos qualificativos de usuários do E-bus, o primeiro ônibus elétrico brasileiro movido 100% a baterias que está rodando no transporte público do Corredor ABD, administrado pela Metra, no trecho Diadema – Brooklin, em São Paulo.
Em comparação ao ônibus a diesel, a grande vantagem do E-bus é a emissão zero de gases poluentes e, em relação aos trólebus, não há necessidade de cabos elétricos para a rodagem.
“A grande conquista do E-bus não está apenas tecnologia inovadora. O veículo não utiliza combustíveis fósseis e garante emissão zero de poluentes. É a tecnologia brasileira ajudando a reduzir os níveis de poluição e a melhorar a qualidade de vida nas cidades”, diz a gerente comercial da Eletra, Iêda Maria Oliveira.
Segundo ela, o conjunto de 14 baterias precisa de apenas três horas para recarga total, garantindo autonomia operacional de 200 km. O veículo conta ainda com um sistema de recarga rápida, que pode ser feito em cinco minutos, oferecendo mais 11 km de autonomia.
A visão do usuário
Para Carlos Machado de Assis, professor de Educação Física, além do fator ambiental, o E-bus traz outras vantagens em comparação aos outros veículos. “Ele é mais silencioso, espaçoso e confortável”, destaca. Para a usuária Kátia Campos de Carvalho, fiscal de tributos, a diferença é significativa: “com certeza, ele é mais confortável do que os outros”.
Jonas Angelim, bombeiro, ressalta a importância de o veículo ser movido a baterias. “Ele não polui o meio ambiente”, diz.
O E-bus foi desenvolvido pela Eletra, é produzido com chassi Mercedes-Benz, carroceria Induscar/Caio e utiliza motor elétrico WEG.
Em tempo
Os passageiros do Corredor ABD já contam com um auxílio tecnológico entre as paradas São Matheus e Jabaquara. São 110 novas placas instaladas nesses locais que, além de informações sobre linhas, itinerários e postos credenciados de venda de bilhetes, incorpora um código QR (do termo em inglês “Quick Response” – “Resposta Rápida”, em português) que ajuda o passageiro a se situar.
“O passageiro que tiver um celular que baixa aplicativos, ao fazer a leitura desse tipo de código de barras, abre um link do Google Maps e aí tem a localização exata de onde está. Isso lhe permite traçar um roteiro melhor para se chegar ao seu destino e também a identificar onde está o posto credenciado de venda de bilhetes mais próximo da parada, caso precise comprar um”, destaca Thiago Terci, da área de comunicação da Metra.