O potencial de negócios a ser movimentado pelo segmento de veículos autônomos deve chegar a US$ 7 trilhões. A estimativa foi apontada pela Intel no estudo “Economia de Passageiros”, apresentado nesta segunda-feira, 12, em Taiwan, durante a Computex.
Preparado pela Strategy Analytics, o levantamento prevê uma expansão de mercado de US$ 800 bilhões em 2035 para US$ 7 trilhões até 2050.
Novos modelos de negócios digitais provenientes da computação pessoal, da internet, da conectividade onipresente e dos smartphones deram vida a negócios e mercados totalmente novos. Os veículos autônomos farão o mesmo, aponta o estudo.
Para o CEO da Intel, Brian Krzanich, “as empresas devem começar a contemplar os veículos autônomos em suas estratégias a partir de agora”.
“Menos de uma década atrás, ninguém estava considerando o potencial do mercado de aplicativos ou da economia de compartilhamento prestes a emergir, ninguém via isso acontecendo. É por isso que estamos iniciando a conversa sobre Economia de Passageiros, para despertar as pessoas para a quantidade de oportunidades que surgirão quando os carros autônomos se tornarem os dispositivos de geração de dados móveis mais poderosos que usamos e as pessoas trocarem a direção por outra ocupação durante o percurso”, aponta.
Os principais destaques da pesquisa incluem:
- O uso comercial da mobilidade como serviço (MaaS, na sigla em inglês – Mobility as a Service) deverá gerar US$ 3 trilhões em receitas, 43% do total da economia de passageiros;
- O uso das ofertas de mobilidade como serviço por consumidores deverá contabilizar US$ 3,7 trilhões em receita, ou praticamente 55% do total da economia de passageiros;
- US$ 200 bilhões é a receita esperada com o aumento do uso por consumidores de novos aplicativos e serviços inovadores que surgirão à medida que a disponibilidade de veículos sem motoristas cresça e evolua;
- Estima-se que 585 mil vidas poderão ser salvas graças aos veículos autônomos na era da Economia de Passageiros entre 2035 e 2045;
- Os veículos sem motoristas deverão liberar mais de 250 milhões de horas de deslocamento dos consumidores por ano nas cidades mais congestionadas do mundo;
- As reduções nos custos de segurança pública relacionados aos acidentes de trânsitos podem somar mais de US$ 234 bilhões ao longo da era da Economia de Passageiros entre 2035 e 2045.
Os destaques de futuros cenários explorados no estudo incluem:
- Conveniência sobre rodas: De salões de beleza sobre rodas a mesas sensíveis ao toque para colaboração remota, rápidos jantares casuais, vendas remotas, clínicas de saúde, tratamento móveis e serviços de hotelaria. Os veículos oferecerão opções de experiência em transporte.
- Cinemas Móveis: Produtores de conteúdo e mídia desenvolverão formatos de conteúdo personalizados para combinar com períodos longos e curtos de deslocamento.
- Propaganda baseada em localização: Propaganda baseada em localização se tornará ainda mais relevante e os publicitários e agências terão novas possibilidades para apresentar conteúdo de marcas e localização.
- Mobilidade como vantagem: Funcionários, escritórios, complexos de apartamentos, complexos universitários e moradias oferecerão MaaS para agregar valor e se distinguirem de seus concorrentes ou como parte de seus pacotes de compensações.
Para saber mais sobre o estudo, acesse: “Economia de Passageiros” (em inglês)