A Michelin encerrou o primeiro trimestre fiscal de 2014 com vendas totais de € 4,758 bilhões (US$ 6,581 bilhões pelo câmbio atualizado), resultado que veio 2,4% abaixo do registrado em igual período do ano passado, de € 4,877 bilhões.
Todas as divisões de pneus da empresa francesa apresentaram números menores neste primeiro trimestre do ano comparativamente ao mesmo período do ano passado. Na divisão de pneus para veículos de passeio e comerciais leves as vendas líquidas cederam 2,4%, para € 2,520 bilhões (€ 2,582 bilhões no primeiro trimestre de 2013).
Na linha de pneus para caminhões e ônibus o recuo foi de 1%, para € 1,462 bilhão (€ 1,477 bilhão no primeiro trimestre de 2013), sendo observado recuo de 5,2% na linha de produtos especiais – que engloba pneus OTR, industriais, para agricultura, duas rodas e aviação. Aqui, as vendas líquidas apuradas no trimestre foram de € 775 milhões, abaixo dos € 818 milhões em igual período do ano passado.
Pneus de passeio
Em seu informe de mercado, a Michelin destaca uma situação de altos e baixos no segmento voltado para pneus de passeio e comerciais leves no primeiro trimestre do ano, com a demanda por pneus originais – OE destinados diretamente para as montadoras de veículos – crescendo 6% na Europa, 5% na América do Norte, 8% na Ásia (menos Índia), com destaque para avanço de 12% na China, mas em queda de 9% na Tailândia. O ponto de inflexão para equipamentos OE se deu na América do Sul, com especial revés no Brasil, com recuo de 8% na demanda total.
No segmento de reposição, o mercado de pneus de passeio e comerciais leves apresentou demanda positiva de 4% na Europa, de 7% na Europa Ocidental, de 7% na América do Norte, de 11% na Ásia (menos Índia) – 11% maior na China e 21% maior no Japão – e de 6% na América do Sul, com destaque para o Brasil, cuja demanda cresceu 8%, aponta a Michelin.
Pneus de caminhão
O fornecimento de equipamentos originais diretamente para as montadoras de veículos apresentou expansão de 8% na Europa Ocidental, ante um recuo de 40% na demanda por pneus do gênero observados no Leste Europeu. Segundo a Michelin, a questão aqui se deve à entrada em vigor da norma Euro VI, que derrubou as vendas locais de veículos de carga.
Na América do Norte a empresa apresentou demanda crescente de 6%, sendo de 11% na Ásia (menos Índia) – 13% a mais na China e -12% no Sudeste da Ásia.
Na América do Sul a demanda por equipamentos originais avançou 10%, com o informe da Michelin ressalvando, novo destaque para o Brasil. Segundo a empresa, a tendência continua apontando para crescimento – mesmo diante das mudanças realizadas pelo BNDES junto ao Finame, para créditos voltados à aquisição de veículos.
Para reposição, a Michelin reportou expansão de 9% na Europa, 8% na América do Norte, 4% na Ásia (menos Índia) – 1% na China -, 47% no Japão e 4% na América do Sul – onde o mercado vem sendo sustentado pelo aumento das importações.
O futuro
Em que pesem as vendas líquidas menores no primeiro trimestre, a Michelin mantém o objetivo de encerrar 2014 com expansão de 3% em suas vendas líquidas. Entre as metas desejadas pela empresa estão: 1) aumento do lucro operacional; 2) retorno de capital de 11%; 3) fluxo de caixa no montante de € 500 milhões; 4) meta de investimentos de € 2 bilhões.