Dentro da balança comercial do setor de pneus, um dos segmentos mais dinâmicos é o de bandas de rodagem, um segmento que reúne gigantes globais como a Vipal, Bandag (Bridgestone), Tipler, Marangoni, RecMaxx (DPaschoal) e ContiRe (Continental), entre outras.
As bandas de rodagem são usadas nos processos de recapagem e recauchutagem de pneus de veículos de carga (caminhões) e de transporte (urbanos e rodoviários).
O mercado interno só perde em tamanho e força para o mercado norte-americano. Ou seja, o Brasil é o segundo maior mercado de recapagem do mundo nesse segmento. Dados da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), mostram que a reforma de pneus no Brasil repõe no mercado mais de 7,6 milhões de pneus da linha caminhão/ônibus, proporcionando uma economia real ao setor de transportes em torno de R$ 5,6 bilhões por ano.
Vale destacar que o conceito de recapagem é universalmente aceito em mercados como os Estados Unidos, Europa e América Latina, sendo muito relativizado no Japão e demais países asiáticos, cuja lógica é o uso do pneu em toda a sua primeira vida, substituindo-o, logo em seguida, por outro novo.
Os motivos que levam a essa forma de pensar o pneu se devem a questões que vão desde a cultura local, até o fato de as estradas sul-coreanas ou japonesas serem verdadeiros tapetes, o que torna a primeira vida de um pneu muito mais longa que um similar usado nas esburacadas estradas e ruas brasileiras, por exemplo.
Mas a tese da recapagem também ganha corpo dentro do conceito de sustentabilidade, onde a reutilização da carcaça de um pneu torna o processo mais econômico e menos nocivo à natureza.
Feitas essas considerações, e em termos de exportações, as empresas brasileiras do setor embarcaram em 2012 a soma de US$ 113,7 milhões entre protetores, bandas de rodagem e borrachas diversas para pneus, ante importações de apenas US$ 7,2 milhões, configurando um saldo positivo de US$ 106,5 milhões ao segmento.
Ao longo do primeiro trimestre de 2013 as vendas externas também se mostraram em ritmo crescente. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), indicam vendas externas de US$ 26,6 milhões em mercadorias do gênero contra importações de US$ 2,9 milhões – para um saldo de US$ 29,5 milhões.
Estados Unidos, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Alemanha, Espanha, Uruguai e Austrália figuram entre os 10 maiores mercados importadores de bandas de rodagem produzidos localmente.
A gigante da balança comercial setorial de bandas de rodagem é a Vipal, empresa que está completado 40 anos de estrada em 2013 e detém 80% das vendas externas de bandas pré-moldadas.
Em informe ao mercado, a empresa destaca que de 2004 até o momento as exportações cresceram 10 vezes, encerrando em 2012 na casa dos US$ 100 milhões. Líder na América do Sul, a empresa abastece mercados relevantes como os Estados Unidos e Europa.
Hoje, 30% do que é produzido pela Vipal segue para o setor externo, diz o diretor comercial da Vipal, Plinio de Luca, ao destacar que mesmo diante da crise na Europa os resultados da empresa são crescentes. “Ultrapassamos a marca de US$ 100 milhões em exportações no ano passado”, destaca, “um montante expressivo para qualquer empresa exportadora”, disse.
O portfólio de clientes internacionais da Vipal contempla empresas espalhadas por mais de 90 países nos cinco continentes, tendo a Argentina e os Estados Unidos como seus principais mercados.
“O produto mais vendido no exterior são as bandas pré-moldadas, que representam 40% das nossas exportações” destaca Plinio de Luca ao lembrar da primeira exportação realizada pela Vipal: “foi em 1982, para o Chile, e, desde então os números de exportação só têm aumentado, crescendo 10 vezes num período de oito anos”, aponta o executivo ao revelar que a Vipal detém a liderança absoluta do mercado de recapagem do Chile, com 45% de market share.
Um exemplo da força da Vipal nos mercados externos pode ser expressa pelos elevados índices de participação em mercados maduros como o da Espanha, onde detém 25% de participação, Reino Unido (20%), Portugal (20%), Bósnia (25%) e Croácia (25%).
Na América Latina a Vipal detém participação de 45% no mercado chileno, 30% do mercado argentino, 50% do mercado paraguaio e 40% dos mercados do Uruguai e Bolívia.
No México a Vipal fincou bandeira em 2004 e, hoje, responde por 10% do mercado local, mantendo naquele país um Centro de Distribuição e uma equipe regional permanente.
“Seguindo nosso planejamento, em 2011 consolidamos nossa presença na Colômbia, com um novo Centro de Distribuição, e, em 2012, ampliamos a nossa participação na Austrália. Hoje temos Centros de Distribuição nos Estados Unidos (um na Flórida e outro na Virgínia), Espanha, Alemanha e Eslovênia”, aponta Plinio.
No Brasil
No mercado interno, a Vipal é líder absoluta e, ao longo de seus 40 anos, a serem completos em 2013, ajudou a construir a cultura da reforma de pneus em todo o território nacional. “Para cada quatro pneus de caminhão que circulam atualmente no País, um é reformado com produtos Vipal”, afirma em nota o gerente de marketing da Vipal, Eduardo Sacco.
Para viabilizar um atendimento global de excelência , a estrutura internacional da Vipal conta com filiais na Argentina, Chile, Colômbia, México, Estados Unidos, Espanha, Eslovênia e Alemanha, com equipes regionais permanentes e Centros de Distribuição.