*Por Marcos Pacheco, engenheiro químico da Quimatic Tapmatic
O óleo solúvel tem um papel fundamental nos processos de usinagem, mas para garantir os melhores resultados no acabamento das peças e na redução de custos, é preciso optar por um produto de qualidade.
Vale lembrar que nos processos de usinagem e corte de metais, a ferramenta de corte remove material da peça por meio da pressão, sendo que uma está em movimento e a outra, parada. O uso do óleo solúvel irá minimizar o atrito e o calor gerados nestes processos e por isso a solução é tão importante.
Basicamente uma combinação de lubrificantes e água, o óleo solúvel refrigera o sistema de usinagem e a ferramenta de corte em si. Ou seja, enquanto os lubrificantes controlam o atrito, lubrificando o sistema e a ferramenta de corte, a água reduz o calor gerado na operação. Vale ainda destacar que os óleos de qualidade possuem outros aditivos para controlar espuma, corrosão e degradação geradas no processo.
Os benefícios proporcionados pelo óleo solúvel são realmente inúmeros. O produto minimiza o desgaste excessivo de ferramentas; evita que as peças apresentem acabamento inadequado, alterações dimensionais ou cores indesejadas (devido à queima); e também reduz a vibração, o ruído exagerado e os danos na máquina ao evitar atrito e calor excessivos. Outra função importante é ajudar na expulsão dos cavacos na operação.
Os tipos de óleo
Existem três tipos de óleo solúvel: convencional (o lubrificante é óleo mineral), sintético (não contém óleo mineral) e semissintético (uma mescla de óleo mineral com lubrificantes sintéticos, e o teor de óleo mineral é controlado).
Como as indústrias estão cada vez mais comprometidas com a preservação dos recursos naturais, os óleos solúveis convencionais vêm sendo substituídos pelos semissintéticos e sintéticos. Isso por que, apesar do melhor preço e lubrificação, os óleos de origem mineral têm menor vida útil (menor preservação) e maior grau de toxidez, o que resulta na necessidade de mais trocas num mesmo intervalo e riscos para a saúde e bem-estar dos operadores.
Atenta ao movimento sustentável, a Quimatic Tapmatic desenvolveu o óleo solúvel semissintético ME-1, com característica de lubricidade igual à dos óleos solúveis convencionais, mas com maior vida útil.
Escolha ideal
Na hora de escolher o óleo solúvel, é preciso ficar atento a todas as características do produto. Isso quer dizer que não adianta nada investir em um óleo “baratinho” se ele vai render pouco e no final das contas irá custar mais caro.
Vamos fazer as contas: além do preço inicial do litro, devem entrar na equação outras variáveis, como taxa de diluição e vida útil do óleo (ou seja, o número de trocas necessárias para a solução em um determinado intervalo e o descarte em si).
Veja a tabela abaixo:
Conclusão
O produto que inicialmente custa “metade do preço” na verdade sai bem mais caro. Isso por que tem menor vida útil (60 dias o óleo de R$ 12,00, contra 180 dias o de R$ 24,30) e exige maior número de descartes (6 vs 2). Ou seja, o óleo “mais em conta” dura muito menos, precisa ser comprado mais vezes no mesmo período de uso e acaba ficando 143% mais caro na conta final que o produto mais nobre (R$ 7,80/L vs R$ 3,22/L).
Se você for da área técnica da empresa, é importante que demonstre este cálculo de custo-benefício para a área de compras. Caso contrário, sua empresa sem perceber pode optar pela compra de um tipo de óleo solúvel barato na etiqueta, mas que irá encarecer o processo de usinagem! Vale à pena ficar atento.
*Por Marcos Pacheco é engenheiro químico da Quimatic Tapmatic